terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Da série: Cinco coisas sobre mim... (6)

Coisas sobre minha infância 
(com imagens)

1) Eu achava que era adotada: Era moda na época ver as crianças se rebelando com os pais ao descobrirem sobre a adoção. E como a minha mãe sempre foi muito mais nhem nhem nhem com meu irmão do meio (não adianta nem mandar o papo de "não existe isso", dona Rosângela!), eu pus na cabeça que eu era adotada e por isso a diferença no tratamento. A verdade é que eu era muito respondona e geniosa e o meu irmão sempre foi quieto e obediente, logo, quem levava mais broncas e palmadas era a autora desse blog e dessa teoria doida. Só fui descartar totalmente essa hipótese aos 12 anos, quando todo mundo dizia que eu era a cara da minha mãe...

Essa foto tem 9 anos, mas estamos, basicamente, iguais hoje em dia.


2) Eu queria ser morena: Pai, irmãos, avó, tias e primos. Todos morenos lindos! E eu? Branquela azeda! Nasci careca e vermelhaaaaaaa de tanto chorar. Eles pegam sol e ficam maravilhosos! Eu? Fico vermelho camarão-descasquenta! Meu pai dizia que só fazia filho homem. E eu estou aqui para provar que ele estava errado. Gastou todo o Y e a melanina que tinha fazendo meus irmãos. #vacilo

Eu e Papi soberano


Eu e meus irmãos.

3) Eu sabia tudo sobre sexo: Sempre fui moleque. Cresci brincando com meu irmão e os amigos dele. Na verdade, até hoje prefiro a amizade masculina, que considero mais fiel e verdadeira. E por isso, quando eu tinha uns 8 anos, meu irmão mais velho (esse do meio da foto acima) "profetizou" que, caso eu não fosse corretamente instruída, estaria grávida aos 14 anos. E o que mami fez? Aproveitando-se do meu apetite voraz para livros meu deu alguns sobre DST e gravidez na adolescência para ler aos 10 anos. E por isso que, ao entrar no ginásio, eu já sabia tudo sobre AIDS, ejaculação, masturbação e menstruação.

Moleca, cheia dos machucados.
Com californiana natural, aos 6 anos.


4) Eu tinha amigos imaginários: Apesar de ter amigos e irmãos para brincar, em alguns momentos eu gostava de inventar uma realidade paralela, onde minha vida era diferente. Eu, então, era princesa, feiticeira, estrangeira, rica, pobre. Dependia do meu estado de espírito e da minha criatividade. Matheus, meu melhor amigo imaginário, estava em todas.

5) Eu queria trabalhar em um Supermercado: Quando ia ao mercado com a minha mãe ficando morrendo de inveja das moças do Carrefour que podiam "brincar" de patins, enquanto eu tinha que ficar sentada no carrinho por hoooooooras. Ao final, adorava o barulhinho que a máquina de registrar (é esse o nome?) fazia (e faz ainda, eu acho) e sonhava um dia poder ficar passando compras naquele treco, para imprimir a tirinha depois. Inclusive, em muitas das minhas brincadeiras com meus amigos imaginários eu era caixa de um mercadinho usando a calculadora da minha mãe (uma daquelas que imprime o resultado, saca?).

Bons tempos!

=*

Um comentário:

  1. Muito bom! Era engraçado que vc queria ser morena e eu queria ser branco, pq todo mundo a minha volta era assim (vc, nossas mãe, avó e primas).
    Me lembro de vc brincando de mercadinho, mas não do amigo imaginário.
    Lembro também de um livro que minha mãe lia pra gente de educação sexual para crianças, que no final descrevia como era para o bebê a estadia na barriga e na hora do nascimento.

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