sexta-feira, 27 de abril de 2012

Da Série: Aconteceu com a Bia...(3)

E a Bia está escrevendo mais do que eu nesse blog.´
Em minha defesa, digo que o pouco de criatividade que tem surgido está sendo utilizado para "escrever" minha Monografia. Bom, mas vamos ao que interessa:


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Localização: Paraty.
Objetivo: comer.

Um colega e eu fomos procurar um restaurante. Ele disse terem indicado um chamado “Sancho Pança”, se bem me lembro. “Bacana, vamos experimentar”.

Um frio do caramba. Chegamos no restaurante. Bonitinho o local, música ao vivo. Escolhemos uma mesa e esperamos o garçom. Quando este veio, nada mais do que indagar pelo cardápio fez, aparentemente, o garçom surtar. Era realmente uma pergunta difícil. Apenas na segunda vez que pedimos pelo troço o garçom o trouxe. Estamos lá, analisando tranquilamente o cardápio, chamamos o garçom novamente para perguntarmos sobre os pratos. Ele novamente parece ter um ataque a qualquer pergunta que fazemos. Eu hein. Parecia até que estávamos perguntando a ele a raiz quadrada de 7685,98. Dali a um tempo chega o dono do estabelecimento. Eu já achei que fossem nos expulsar. Afinal, estávamos atormentando a vida do garçom com perguntas como “Quanto de comida vem no prato?” ou “Quais são os sucos que vcs têm?”. O dono nos pergunta: “Qual está sendo o problema em atender vcs? Parece que está havendo algumas dúvidas aqui”. Como se NÓS fôssemos o problema, vê se pode!!! Sei lá qual foi nossa resposta, mas então o dono nos informou: “Hoje é dia do polvo. Então só servimos polvo hoje”.

Em primeiro, car***, existe dia do polvo?!?! Mas tudo bem, existe dia para tudo hoje em dia. Em segundo, pensei: “Ferrou, não vou comer porcaria nenhuma. Vou passar fome pelo resto da noite. Não como polvo. Que nojo”. Do modo mais simpático que pudemos, dissemos que eu nunca havia comido polvo (eca!) e meu colega era vegetariano. Muito massa né? E nisso todas as pessoas do restaurante nos encarando como se fôssemos aliens azuis. Alien roxo foi o que vi depois.

O dono (simpático, apesar de “arrumarmos confusão” no restaurante dele) me levou para me mostrar o buffet de polvo. À primeira vista, não pude me conter. “Ecaaaaaa!” foi o que saiu da minha boca. Uma torrada com pasta de polvo em cima. Aquela perninha roxa cheia daquelas bolinhas roxas que não sei o nome. Suuuuper nojento. Eu não queria enfiar aquilo na boca de forma alguma!! Mas o dono fez uma cara de cachorro perdido quando critiquei a comida, que ele tanto prezava e elogiava, com meu super “Ecaaaaaa!”. Então, fui na luta e na coragem: abocanhei o troço. Só ficava pensando naquelas pernas. Urgh. Só de pensar agora me dá aflição! Mas até que não estava ruim. Nada demais o negócio. Mas mesmo assim... ainda acho super ultra mega nojento!

Depois disso tudo, pareceu que fomos aceitos no restaurante. Viramos pessoas normais aos olhos do povo do polvo. E só continuamos lá porque estava um frio insuportável lá em Paraty, não queria sair do quentinho para depois ter que ir procurar um outro lugar. E procurar no frio. Então, fiquei no polvo. Comi canja de polvo. Arroz de polvo. E sei lá mais o que de polvo. Meu colega ficou com uma salada em que o tomate era a sensação do prato.


Da Série: Susan Kate também é cultura...(2)

E, mais uma vez, dona Mamãe deu a dica de um espetáculo de ballet mega aprovado.



Trata-se do espetáculo "De tudo se faz canção" apresentado pelos bailarinos do projeto Dançar a Vida da Escola de Dança Petite Danse.
Eu fui para ver uma das bailarinas (Marini Vianna) que é filha do meu professor de Karate e pai postiço. Mas eu fiquei extremamente encantada com os meninos e meninas que emocionaram o público presente no teatro Carlos Gomes.

O espetáculo conta com a participação de uma banda muito boa, tocando músicas de Milton Nascimento, enquanto os bailarinos, com roupas extremamente simples e lindinhas dão um show no palco.
Achei bastante interessante a proposta da Escola, que visa proporcionar acesso à cultura da música e da dança a pessoas que normalmente não tem acesso a isso.

Se você está pobre (como eu) ou acha que não tem saco pra assistir horas e horas de pernas levantadas e saltos, esta é uma ótima opção pois além de ser "de grátis" e dura 1h. Ó que beleza!?

Então, se interessou? Clique aqui para mais informações sobre o projeto e as próximas apresentações.

Beijo!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Da Série: Aconteceu com a Bia...(2)

Segundo post escrito pela Bia...
Você já leu o primeiro?
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Aniversário chegando (ok, é só mês que vem, mas ninguém pode dizer que não está chegando), meus pais resolveram me comprar um Bluray Player. Iupii! Só que todos sabemos que a garantia desses aparelhos é de 1 semana para troca em loja. Ou seja, ganho presente mais cedo ;-) Ontem minha mãe me liga e avisa que vai levar pro meu APT hoje pela manhã, para se der algum problema, não esperar essa primeira semana passar. Eu que não reclamei, rs.

Sabendo que minha mãe iria comparecer à minha humilde habitação, lavei a louça, passei um pano no sofá, limpei o móvel da TV. Sabe como é, para não ouvir depois “Cheguei lá e a casa estava toda do avesso!”, já que é costume dos pais exagerar tudo em proporções astronômicas. Provavelmente o que eles falariam daria a impressão que vivo em um chiqueiro só por conta de dois pratos e alguns talheres sujos na pia.

Finalmente, deleitei-me com minha maravilhosa cama, pensando em como eu queria que o dia tivesse pelo menos mais uma horinha para eu continuar a ler meu livrinho sem peso na consciência por ter que acordar cedo para ir trabalhar no dia seguinte. Então, estava lá eu, um lindo anjo dormindo... Claro que quando acordei com o despertador quase explodindo meu cérebro não mais parecia um anjo. Meu cabelo todo espetado para todos os lados. Poderia dizer que estava mais para um cacto ambulante. Blergh.

Enfim. Peguei meu despertador, desliguei. Eis que sinto um gelo no âmago mais profundo do meu ser. Veja bem, o significado de morar sozinha é não ter mais ninguém morando com você, certo? Então porque tinha um vulto entrando na minha sala? Porque tinha um estranho, maníaco, assassino ou seja lá o que ele fosse parado ali, entrando de um modo sorrateiro daqueles? Porque ele estava me olhando? O que ele pretendia??!! “Ah, meu Acaso, e agora, o que eu faço??!!”, foi o que pensei imediatamente antes de berrar. “Aaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!” foi a única coisa que consegui esgoelar garganta afora. Só assim para expressar o horror que senti em ter meu espaço invadido por alguém que não convidei a entrar!

Todo meu terror durou alguns ínfimos segundos até eu perceber que era minha mãe... Putz, quase tive um troço do coração! O alívio que senti é indescritível. Saber que não estava sendo ameaçada por algum ser idiota que acha legal aterrorizar as pessoas. Não é preciso dizer que quase matei minha mãe depois disso! Como disse nossa amiga Roberta, mãe troll :P E percebam, dei um berro de matar mosca, e apareceu algum vizinho?? Neca. Iriam me deixar morrer se realmente tivesse alguém ali querendo atentar contra minha maravilhosa e alegre vidinha!

Deu até saudades da barata...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Da Série: Ed, o robô fanfarrão! (4)





Depois de séculos sem falar dele por aqui, hoje vou postar três curtinhas do nosso amigão.

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Robô Ed: Olá! Meu nome é Ed, estou aqui para ajudar na preservação de energia e de outros recursos naturais. Sobre o que você quer conversar?
Aloka: estou de saco cheio de vc!
Robô Ed: Esse jeito expressar cansaço não é lá muito elegante. Gramaticalmente falando, é um vício de linguagem chamado plebeísmo.

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A deprimida: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.
A deprimida: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.
A deprimida: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.
A deprimida: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.
A deprimida: vanmos ficar nisso até quando?
Robô Ed: Ainda não sei até quando.
A deprimida: então vamos continuar: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.
A deprimida: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.
A deprimida: quero morrer
Robô Ed: Não diga isso. A vida é bela.

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Robô Ed: Olá! Meu nome é Ed, estou aqui para ajudar na preservação de energia e de outros recursos naturais. Sobre o que você quer conversar?
A suicida: Vou cometer suicídio.
Robô Ed: Que absurdo. Nem pense nisso!
A suicida: Tô indo me jogar do 11º andar da UERJ.
Robô Ed: Então tudo bem, pode ir, mas volte mais vezes!

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Ele é muito surtado, não é?

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Da Série: Cada uma que me acontece...(5)

Essa aconteceu há uns seis meses. No início do horário de verão.
Estava voltando do trabalho. 18h, mais ou menos, mas ainda bastante claro.
Geralmente eu evito de sentar em bancos que impossibilitem uma fuga necessária, mas nesse dia eu dei mole e sentei atrás de um daqueles bancos altos, no lado da janela. Ou seja, escondida da sociedade e encurralada por possíveis maníacos sexuais.

Quando meu ônibus já estava na metade do caminho, entrou um rapaz magricela, largadão, com pinta de surfista maconheiro (cabelo loiro e cacheado, caindo nos olhos), que entrou com a mão direita dentro da mochila e veio sentar, advinhem onde? Sim, do meu lado. Quando percebi já era tarde.

Fiquei bolada com a postura do cara. Achei que ele tinha uma arma dentro da mochila, ou qualquer outra coisa que pudesse usar para me assaltar. Já estava me preparando para o pior, quando ele tirou a mão da mochila, que estava no colo dele, fechou o zíper e colocou as mãos embaixo dela. Aí deitou a cabeça no banco, fechou os olhos e ficou parado.

Dei um suspiro aliviada. Achei que tinha sido preconceito da minha parte e me recriminei. Quase pedi desculpas ao cara.

Aí resolvi abri um jornal que tinha ganhado na rua (Folha Universal, se não me engano). Estava eu lá lendo uma reportagem sobre aborto ou drogas, sei lá. Aí, no meio de um movimento de virada de jornal (quando a gente junta as duas partes e passa a página), eu vi algo esquisito. Meu olho foi atraído pra mochila do cara. Ele agora estava mexendo as pernas e a mão direita embaixo da mochila.

Fiquei nervosa. Não sabia se era um ataque epilético ou coisa pior. Virei a página mais uma vez e constatei que, de fato, era algo pior, quando visualizei a cabecinha do pênis (que menina culta!) do sujeito olhando pra mim.

Gelei. Tive que, disfarçadamente, olhar de novo. E a certeza de que o homi tava se masturbando do meu lado, no meio do ônibus, às 18:30, com o treco virado pra mim, ainda por cima, me deixou extremamente irritada e desesperada. Eu não sabia o que ele faria se ele tentasse gritar ou me levantar, por exemplo.

Me acalmei, dobrei o jornal, peguei a chave de casa e coloquei entre os dentes, fazendo meu soco inglês caseiro. Levantei, aumentei o tom de voz e pedi: "Dá licença?". E o cara se virou, permitindo minha passagem.

Com o coração na boca, atravessei o ônibus, pensando no que eu podia fazer. Achei que armar um escândalo não seria bom, já que ele veria o lugar onde eu ia descer. E já que ele num tinha tentado nada (tipo me forçar a fazer algo a respeito da situação, if you know what I mean!), resolvi deixar o punheteiro em paz e descer do ônibus.

Agora me diz...em que droga de mundo nós vivemos em que as pessoas saem por aí se coisando pelas ruas?
Como diria o Caco: Noé, me salva!!!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Da Série: Aconteceu com a Bia...

E começando mais uma série.
Bia é uma amiga que tem um senso de humor bastante incomum e uma criatividade absurda para contar histórias.
De vez em quando, eu recebo um e-mail dela contando episódios divertidos e emocionantes. Com a devida autorização, essa e outras histórias serão postadas aqui, para alegrar as vidas de vocês...

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Saí do trabalho para mais um dia de tarefas em casa. Reservo as segundas-feiras para passar pano molhado pelo APT. Antes, estava lá eu pensando no quase ônibus escolar 220: “Passo ou não passo no supermercado? Eis a questão.” Decido ceder à necessidade e dar uma passada rápida pelo Pão de Açúcar. Até gosto de lá, é calmo, tranquilo. Bacana. Mas os laços do destino resolvem cortar minha ligação com meu destino imediato quando vejo o supermercado apagado. Penso: “Ótimo, a culpa não é minha, vou direto para casa.”


Chego, passo o fatídico pano molhado pelos quartos, sala, cozinha, quarto de empregada. Depois de tudo feito, banho tomado, jantar ingerido, deito no sofá para ver TV. Claro que o resultado não foi diferente do previsto: acordei duas horas depois. Meu único pensamento quando levantei do meu macio e gostoso sofá: voltarei a dormir. Mas antes, notebook, livro e etc e tal. Quando resolvo dormir, duas horas depois, dou uma passada para aquele copo de água gelado na cozinha.

E aqui começa o terror. Visualizem minha cara de horror, espanto, incredulidade e desespero quando vejo um ponto marrom correndo para a porta da sala.

Pensei: “Ferrou. O que faço agora? Como poderei dormir diante do pensamento de ter tal monstro habitando aposento tão próximo ao meu quarto?”. Resolvo ser forte. Tornei-me guerreira. Quase uma Amazonas. Uma Amazonas morrendo de medo, mas tudo bem. Primeiro: onde encontra-se meu chinelo? Tinha deixado na cozinha. Ufa. Menos um problema. Imagina se eu tivesse que cruzar a porta da cozinha para a sala para pegar qualquer calçado? Estaria ferrada, pois era lá que o monstro habitava. De posse de minha mais nova arma, eu tinha duas chances de acertar o alvo, afinal, tinha dois chinelos. Lancei um. Errou o alvo. Quase chorei. Mas consegui que a besta fosse para a sala, permitindo-me a travessia da cozinha para lá. O diabo estava atrás do ventilador. Chutei o ventilador para longe, o importante era não dormir com aquilo estando vivo ainda. Imagina se entra nas minhas sacolas de roupa, na minha bota, eca. Mirei novamente. Errei. Começo a entrar em desespero maior ainda, berrando aos céus “Por quê, por quê?!?!?!” Mas eis que os deuses me agradam com um presente, um desafio, um milagre: a barata está de cabeça para baixo! “Sim! Se ela continuar nessa posição, posso matá-la facilmente!”. De esperanças reacesas, coração batendo, pernas tremendo, suando frio, chego perto do intruso, pedindo às forças do Acaso para manter a desgraçada naquela posição, e que ela não desvirasse comigo tão perto quanto estava.

Páá! Morreu. A criatura devassa morreu!! Peguei um milhão de papel toalha para jogar aquele traste miserável no lixo, fechei bem o saco plástico, e voilá, missão cumprida!

Após tal aventura, e após relaxar meu corpo de tanta adrenalina, pude adentrar o mundo dos sonhos sabendo que no mundo havia menos um demônio vagando pelas proximidades...

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