sábado, 25 de agosto de 2012

Da Série: Trabalhada na roupinha social... (12)


DOMINGO – 19/08

Parecia uma carreata: mãe, namorado, irmão e cunhada. Todo mundo estava feliz e nervoso. Eu era a mais ansiosa. Não por medo de avião – eu super confio nas estatísticas – mas por causa da mudança drástica de área. Comecei no segmento de entretenimento e lazer, passei para a educação, para a energia e, agora, para a área financeira.

Todos os professores de finanças da UERJ passaram pela minha cabeça. Todos aqueles que comentaram sobre a importância e o stress. O medo de falhar, de não ser capaz, de decepcionar todas as pessoas envolvidas me tirou umas duas noites de sono.

Enfim, estávamos no aeroporto. Minha cabeça a mil enquanto me despedia das pessoas. Para eles, as duas semanas iriam demorar. Para mim, seria um tempo muito curto para aprender uma nova profissão.
Já no avião sentei perto de três das minhas futuras companheiras de aprendizado. Viemos conversando durante todo o voo (de 35 minutos), o que foi bom, porque todas estávamos nervosas sobre as perspectivas futuras.

Chegamos em São Paulo às 18h. Pegamos a mala e fomos recepcionadas pelo tiozinho da van, que nos levou para o hotel. A empolgação aumentou. O hotel é muito bacana. Ficamos divididos em quartos duplos. Um quarto muito fofo, com sala, cozinhinha/copinha, banheiro, varanda e duas camas. Pra mim tudo era novidade. Até a chave da porta. Aqui é aquele cartão que abre a porta, mantem a energia no quarto e direciona o hóspede no elevador (você só consegue ir aos andares permitidos ao cartão – o seu, o térreo e o restaurante).

Nos arrumamos e fomos comer alguma coisa. Ferrou. Ninguém conhecia a região. Perguntamos no hotel e eles nos indicaram uma rua com várias opções. Mas acabamos parando num Habib’s. E lá nossa primeira descoberta sobre os paulistas: eles simplesmente não comem pizza com catchup. Como assim, travesti?, diria a Bianca, mas é fato! Eles não comem, então o restaurante nem tinha para nos oferecer.

Estávamos em um grupo de dez. Nos apresentamos e dividimos expectativas, medos e experiências. O grupo é muito bom! Todos jovens, inteligentes e cheios de gás, prontos para os próximos desafios.
A insônia foi implacável na hora de dormir. Além de estar em um ambiente diferente, nos próximos dias eu teria que aprender um milhão de coisas novas. Demorei umas 2h para pegar no sono. E no dia seguinte...

SEGUNDA a SEXTA – 21-24/08

Acordei às 6:30. Banho, Maquiagem, Roupa Social, Café da Manhã, Van, Centro de Convenções. A mesma rotina durante toda a semana.



Já no primeiro dia, conhecemos um pouquinho do famoso trânsito paulista. Chegamos na palestra de integração. Aprendemos sobre estrutura e benefícios do banco. Descobri sobre projetos que eu nunca imaginei que existissem. Nos conhecemos melhor. Pessoas fantásticas com senso de humor ótimo!

Trânsito às 8:30 da manhã

Meninas linduxas e talentosas

No segundo dia, momento de tensão no caldeirão. Descobrimos que seríamos avaliados (com provas e afins) e que falhas durante esse processo poderia representar demissão. Minha ansiedade aumentou. Agora, mais do que nunca, eu precisava me superar. À noite fomos ao shopping Iguatemi para comer. E, cariocas, acreditem, nadaver com o nosso Iguatemi. C&A lá é loja de grife! Whaaaat?


Material de estudo dessas duas semanas

C&A do Iguatemi SP

No terceiro dia, o grupo, que era bem grande, foi dividido em duas turmas. Conhecemos o Juliano. E o que eu posso dizer sobre ele? O cara é foda digdindigdin. Ele foi capaz de nos acalmar e de nos preparar para os próximos episódios dessa saga. Ficou conosco até sexta, quando o Rodrigo, nos explicou exatamente quais seriam as nossas funções e como poderíamos ser cobrados.

Turminha com o "tio" Juliano

Recadinho deixado por ele para nós...

No quinto dia – sexta-feira – finalmente sentimos na pele o inferno paulista. De segunda a quinta nós levamos em média 40 minutos para ir e 1 hora para voltar (Hotel-Centro de Convenções). Na sexta, nós levamos 30 minutos para ir (bommmm) e 2 horas e meia para voltar (triiiiiiiste!). Enquanto nós penávamos no ônibus, jogamos adedanha e rimos horrores. Mais tarde, fomos a uma pizzaria (que tinha catchup, uhul) para comemorar a semana de mudanças.


Cadê o Hugo?

SÁBADO – 25/08
Hoje eu preferi descansar. Algumas pessoas foram ao Brás. Algumas quiseram conhecer a 25 de março (deusmelivreeguarde). Acordei 9:30 e estou aqui vendo desenho animado, esperando dar a hora do almoço. À tarde nós devemos ir ao Ibirapuera conhecer o shopping e comprar roupa. Nesse final de semana, eu pretendo estudar o material da prova de segunda e descansar mais um pouco, porque a semana que vem promete, galera.

Sábado que vem, se eu sobreviver, um novo resumo estará disponível.
Beijo, saudade!
=*

terça-feira, 14 de agosto de 2012

\0/

Finalmente posso dizer que sou formada.
Bacharel em Administração, que beleza!


Ainda não é o diploma, é algo mais simples, porém mais importante: a colação (oficial) de grau...

Estou muito feliz por cumprir mais essa etapa na minha vida!
Agradeço pelas mensagens de carinho e o apoio e torcida de todos durante a jornada!
=D

Beijo

Da Série: Aconteceu com a Bia...(8)

E o lado de engenheira da Bia se mostra...

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Sábado à noite em casa (deprimente...). Tomo um banho quente, dou um jeito qualquer em meus cabelos molhados revoltos e vou pendurar a toalha no box do banheiro. Mas o que se entende por pendurar? Na minha concepção, jogar a toalha por cima do box com bastante força para ela não cair e você ter que jogá-la novamente. Minha tática funcionou perfeitamente em termos de "os fins justificam os meios", mas falhou em seu perfeito procedimento. Vejam, a toalha bateu no bocal da lâmpada que está pendurada e despencada do teto (sim, está tudo caído mesmo... ninguém olha pro teto mesmo...) antes de assentar-se em sua correta posição. E pronto, da luz se fez a escuridão.

Como todos aqui bem o sabem, formei-me em engenharia elétrica. Então claro que realizei uma análise puramente profissional. Em primeiro, liguei e desliguei o interruptor várias vezes, pensando: "não acredito nisso". Em segundo, bati na lâmpada e repeti o procedimento anterior. Nada ainda. Em seguida, peguei uma escada, subi, e mexi no fio para ver se não estava fora do lugar. Repeti novamente o primeiro passo. Mas a lâmpada nada ainda de presentar-me com sua luz. Conclusão de minha detalhada análise: foge ao meu conhecimento o motivo da luz ter minguado. Chamarei um prestador de serviços amanhã conhecido como papai.

Estou lá eu, frustrada, sem minha luz no banheiro, pensando: "Mas será que realmente preciso de luz no banheiro? Só para me maquiar ou tomar banho à noite. Mas então é só não tomar banho à noite. E não me maquiar. Inutilizar o banheiro também é uma opção". Então tive uma sacada genial! Os deuses da eletricidade me benzeram com uma possível resposta, algo tão delicado, tão sublime, tão... inusitado! Então fui lá eu... trocar a lâmpada!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Da Série: Trabalhada na roupinha social... (11)


E depois de quatro anos no serviço público, chegou a minha de vez de virar gente grande e ir para uma empresa privada.
E daí que eu só contei aos amiguinhos na véspera. E eles ficaram com cara de "ahn?" mas muito felizes por mim!

Helena, a chorona...


Ganhei a presença de 45 pessoas em um almoço de despedida, recebi um milhão de abraços e palavras de incentivo, e-mail foférrimos, festinha surpresa com os mais queridões. Além disso, tive que repetir incontáveis vezes os detalhes sobre meu novo emprego e vi o entusiasmo das pessoas ser somado ao meu.

Ahhhh, meu ex-chefe é mó fofinho, diz você!

Ganhei meio quilo de chocolate (é, eles sabem que eu sou chocólatra e sim, eu pedi chocolate pra todo mundo), um porta-canetas de coelhinho, um vestido maravilhoso e um bloco com mensagens de apoio e carinho que me fizeram chorar feliz em casa.

Eles sabiam mas não contaram pros outros...

Sim, eu vou morrer de saudade dos amigos. Sim, eu vou ralar a beça em um emprego de gente grande. Sim, eu estou muito nervosa e ansiosa. Mas sim, EU ESTOU MUITO FELIZ!

Agradeço (talvez pela 500ª vez) por tudo! Vocês são eternos no meu coração!
Eu amo vocês!

Um grande beijo!

Obs: A partir do próximo post da série, eu conto sobre o meu novo job!



Da Série: Aconteceu com a Bia...(7)

Sim, cacas acontecem na vida da menina Bia.

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Para mim, as manhãs são sessão de tortura. Começando pelo despertador. O bicho toca quatro vezes até que eu me lembre da fatídica existência do Henry.

Como de manhã considero que “não sou ninguém”, já deixo tudo arrumado para só realizar funções mecânicas: colocar blusa... colocar calça... colocar casaco... colocar meias... calçar sapato... e por aí vai. Hoje já começou sendo um dia atípico. Resolvi que não queria usar a roupa que me tinha escolhido no dia anterior. Aquele desespero para achar algo que combine! Realmente, meu cérebro e minha função lógica são uma tragédia em início de dia.

Mas enfim consegui uma combinação que me satisfizesse e parti para o trabalho.

Embarquei no costumeiro 220 e comecei a viagem de meia hora até a Visconde de Inhaúma. Saindo do ônibus, começa a começar o dia. Função: desviar das pessoas que mal sabem andar na rua e atravancam o caminho dos outros. Essa tarefa é a pior do dia. É como se eu saísse do ônibus e me deparasse em um formigueiro, com as formigas tudo birutas de terem tomado cachaça.

Finalmente, chego na São Bento, no meu caminhar tranquilo e arrojado. Caminho pelo meio da rua porque na calçada tem gente e estou cansada de desviar. Porém, vem um caminhão gigante. Se não for para a calçada, ele há de me atropelar.

É aí que meu nojo e minha tristeza e minha aflição começam.

Estou na calçada nem 5 segundos, caminhando e cantando (cantando é forçar a barra, mas beleza), quando cai uma avalanche em cima de mim. Meu pensamento: “Tinha que ser comigo... @#$% pelo menos é só água”. E ao passar as mãos pelo cabelo, sinto aquela sujeira impregnada, e vejo a verdade nua e crua em minhas mãos: sujeira, areia, imundice no meu cabelo! A vontade que tive de chorar... ninguém imagina. Minha vontade foi voltar para casa e tomar um banho. Mas, que meleca, não podia! Ou, melhor ainda, voltar e arrebentar a cara do cara que derrubou aquilo em cima de mim e nem veio implorar pelo meu pedido de desculpas (pensando na história do crime suicídio perfeito dos elásticos...)! Aff, queria socar o imbecil do cara! Bem, é mentira, admito. Eu quero socar e arrebentar o imbecil do estúpido do cara até ele voltar no tempo e se tornar uma pessoa sensata e não derrubar coisas na cabeça dos outros! E se fosse um tijolo, hein, hein?!

Infelizmente, a vida é um bagaço de injusta. O que mais podia fazer? Vim trabalhar... Implorar pela ajuda da Helena para tornar meu cabelo menos grudento. Tentar tirar as manchas da minha roupa, do meu corpo...

Resumindo: a funcionária Beatriz Levy permanecerá nojenta e indócil até o fim do dia até poder tomar um banho.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Rapidinha da mamãe (10)

Mami guardando as compras, enquanto eu ajudava a cortar umas folhas.
E de repente, ela, de cima de uma cadeira, exclama:

Mãe: Ih, esqueci!
Eu: O quê?
Mãe: Eu ia gravar o filme que passou na globo.
Eu: Qual filme?
Mãe: Monstros & Cia
Eu: Que filme é esse?
Mãe: Um desenho animado. Acho que você já viu!
Eu: Num seria Monstros S.A?
Mãe: Hahahahaha! Éééé. Ahhhh, Cia, SA, você entendeu, né?