domingo, 11 de agosto de 2013

sábado, 10 de agosto de 2013

Da Série: Falta do que fazer/falar (17)


Mãe: Su, chegou uma encomenda!
Su: Ahhh que legal! O que é? Meu celular?
Mãe: Não, é "só Jesus na caixa"!


tum dum tss

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Da Série: Twittando no Blogger... (35)


Quando até o seu chefe zoa com a sua bolsa, você descobre que tá na hora de comprar uma nova!
Mas como eu sou PÉSSIMA nisso, alguém se habilita a me dar uma preta de presente? Ou pelo menos me acompanhar nessa terrível missão?

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Da Série: Coisas que me irritam... (10)

... Fanatismo religioso!


E vamos a mais um tema polêmico nesse blog!

Não sei quanto a vocês, mas, antes de qualquer religião, eu sigo a lei do amor!
De acordo com a MINHA compreensão dessa lei: devemos amar a natureza (preservando os escassos recursos que AINDA existem), os animais (cuidando e evitando mortes desnecessárias) e as pessoas (RESPEITANDO-AS e perdoando-as por eventuais erros).

E por isso, fico tão irritada quando vejo as pessoas (as mesmas que eu deveria amar) atacando outras por conta das escolhas de vida destas.
E é nessa hora, caro amigo, que a carapuça TEM que cair em todo mundo! Porque todo mundo, sem exceção, ADORA criticar os outros!

Quer ver?

Se você é ateu: Você COM CERTEZA critica ou já criticou algum crente*.
Se você é crente*: Você COM CERTEZA critica ou já criticou algum ateu!

E piora, porque mesmo entre os ditos cristãos, há brigas e desrespeito!

Se você é católico: Você COM CERTEZA critica ou já criticou algum protestante.
Se você é protestante: Você COM CERTEZA critica ou já criticou algum católico. 

É nessa hora que você diz "Ai sua idiota, eu nunca critico ninguém. Pelo contrário, sou sempre discriminada por conta da minha religião (ou pela falta de)!"

E eu só tenho uma resposta: HIPÓCRITA!

Eu mesma consigo listar uma série de críticas clichês que já ouvi ou falei:

Se é católico é um alienado: porque acredita em santo, porque venera virgem Maria, porque segue uma religião que representava a elite opressora há trocentos anos, porque teve a Inquisição, porque defendia a escravatura (...).
Se é evangélico é um alienado: porque fala mais no Diabo do que em Jesus, porque é cheio de preconceitos, porque tira dinheiro de pobre, porque deturpou a Bíblia de acordo com os interesses da época (...).
Se é espírita/espiritualista é do Diabo: porque fala com espíritos, porque acredita que dá para viver e reviver várias vezes, porque mistura ciência e religião, porque fica procurando explicação para os "mistérios da fé", porque fazem pacto com o Cão, porque é macumbeiro, (...).
Se é islã vai para o inferno: porque é suicida, porque faz as coisas esperando recompensas, porque tem uma fé cega, porque são homicidas, (...).
Se é judeu não é religioso: porque não vê Jesus como Messias, porque mistura patriotismo com fé, porque tem costumes esquisitos que beiram a loucura, porque é uma religião machista, (...).
Se é ateu/agnóstico é um perdido: porque não acredita em Deus, porque zomba da fé das pessoas, porque desrespeita os dogmas e as crenças alheias, porque vão arder no mármore do inferno, (...).

Update by Mentirinhas

Povo, acorda, quantas guerras ainda serão necessárias para que vocês entendam que não é a religião que define quem você são? Aprendam a respeitar e conviver com as diferenças! Elas estão aí para nos ensinar e nos fazer crescer!
Eu sigo em frente, acreditando que todas as religiões tem algo a nos ensinar. E que não existe UMA religião certa! Cada um vai ser feliz seguindo e acreditando nas coisas que fazem mais sentido!
"Ah, Susan, e os ateus? Você acha certo não acreditar em Deus?" 
Ué, desde que vivam suas vidas sem prejudicar outras pessoas, o que muda? Os ateus têm suas próprias crenças e é a elas que irão se agarrar em momentos de necessidade. 
Só o que precisamos entender é que NÃO NECESSARIAMENTE temos que concordar o tempo todo com todo mundo! Apenas temos que RESPEITAR e conviver com as diferenças!
Amém?

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* Por "crente" entenda-se todos que acreditam em Deus, mesmo que com outro nome!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Da Série: Falta do que fazer/falar (16)

Para ler ao som de Adriana Calcanhoto...

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"E então eu parei o carro, puxei o freio de mão e pensei: “Cheguei em casa”.

Faz 1 ano. Desembarquei com esposa, cachorro e umas malas. A mudança veio no dia seguinte. Levei 33 anos imaginando “como seria”, e agora tenho 1 pra contar “como foi”.

O Rio de Janeiro é a minha Paris. Eu não sonho com a tal de torre, nem me importo com o Louvre e nem acho do cacete tomar café naquela tal de Champs-Élysées. Eu acho charmoso ir a praia de Copacabana, tomar cerveja de chinelo no leblon e ir a um samba numa grande escola.

Sou paulista, nunca tive rivalidade bairrista em casa. Nunca me ensinaram a odiar o estado vizinho, ao contrário, sempre me foi dada a idéia de que estando no Brasil, estou em casa.

Ouvi mil mentiras e outras mil verdades sobre o Rio enquanto morei em São Paulo. Todas justas no final das contas.

Carioca exagera tudo, pra baixo e pra cima. Se elogiar a praia, ele exalta dizendo que é “a melhor praia do mundo”. Se falar que é perigoso, ele não nega. Diz que é “perigoso pra caralho”.

Trata sua cidade como filho. Só ele pode falar mal.

Cariocas não marcam encontro. Simplesmente se encontram.

A confirmação de um convite aqui não quer dizer nada. Você sugere “Vamos?”, eles dizem “Vamo!”. O que não implica em ter aceitado a sugestão.

Hora marcada no Rio é “por volta de”. Domingo é domingo. E relaxa, irmão. Pra que a pressa?

Em 5 minutos são amigos de infância, no segundo encontro te abraçam e já te colocam apelidos.

Não te levam pra casa. Te convidam pra rua. É curioso. Mas é que a “rua” aqui é tão linda que se trancar em casa é desperdício.

Cariocas andam de chinelo e não se julgam por isso. São livres, desprovidos de qualquer senso de sofisticação.

Ao contrário, parecem se sentir mal num ambiente formal e de algum requinte.

“Porra” é um termo que abre toda e qualquer frase na cidade. Ainda vou a uma Igreja conferir, mas desconfio que até missa comece com “Porra, Pai nosso que estais…”.

Cariocas são pouco competitivos. Eu acho isso maravilhoso, afinal, venho da terra mais competitiva do país. E confesso: competir o tempo todo cansa.

Acho graça quando eles defendem o clube rival pelo mero orgulho de dizer que “o futebol do Rio” vai bem. Eles nem notam, mas as vezes se protegem.

Eles amam essa porra. É impressionante.

Carioca é o povo mais brasileiro que há, mas que é tão orgulhoso do que é que nem parece brasileiro.

Tem um sorriso gostoso, um ar arrogante de quem “se garante”.

Papudos, malandros, invocados. Faaaaalam pra cacete. E sabem que estão exagerando.

Eles acham que sabem o que é frio. Imagine, fazem fondue com 20 graus!

A Barra é longe. Buzios, logo ali!

Niterói é um pedaço do Rio que eles não contam pra turista. Só eles aproveitam.

Nilópolis é longe. Bangu também.

Madureira é um bairro gostoso. O Leblon, vale os 22 mil por metro quadrado sugeridos pelos corretores.

Aliás, corretores no Rio são bem irritantes.

Carioca, num geral, acha que está te fazendo um favor mesmo se estiver trabalhando. É tudo absolutamente pessoal, informal.

Se ele gostar de você, te atende bem. Se não, não.

Tá com pressa? Vai se irritar. Eles não tem pressa pra nada.

Sabe aquela garota gostosa que sabe que é gostosa? Cariocas sabem onde moram.

O bairrismo deles é único. Nem separatista, nem coitadinho. Apenas orgulhoso. Ao invés de odiar um estado vizinho, o sacaneiam e se matam de rir de quem se ofende.

Cariocas tem vocação pra ser feliz.

São tradicionais, não gostam que o mundo evolua. Um novo prédio no lugar daquele casarão antigo não é visto como progresso, mas sim com saudades.

São folgados. Juram ser o povo mais sortudo do mundo.

E quem vai dizer que não?

No Rio você vira até mais religioso. Aquele Cristo te olha todo santo dia, de braços abertos. Não dá! Você começa a gostar do cara…

E aí vem a sexta-feira e o dom de mudar o ambiente sem mexer em nada. O Rio que trabalha vira uma cidade de férias. As roupas somem, aparecem os sorrisos a toa, o sol, o futebol, o samba, o Rio.

Já ouvi um cara me dizer um dia que o “Rio é uma mentira bem contada pela mídia”. Ele era paulista, odiava o Rio, jamais tinha vindo até aqui.

E é um cara esperto. Se você não gosta do Rio de Janeiro, fique longe dele.

É a única maneira de manter sua opinião.

Em quase toda grande cidade que vou noto uma força extrema para fazer o turista se sentir em casa. Um italiano em São Paulo está na Itália dependendo de onde for. Um japones, idem. Um argentino vai a restaurantes e ambientes argentinos em qualquer grande cidade.

No Rio de Janeiro ninguém te dá o que você já tem. Aqui, ou você vira “carioca”, ou vai perder muito tempo procurando um pedaço da sua terra por aqui.

Não é verdade que são preconceituosos. É preciso entender que o carioca não se diz carioca por nascer aqui. Carioca é um perfil.

Renato, o gaúcho, é um dos caras mais cariocas do mundo.

Tem todo um ritual, um jeitinho de se aproximar.

Chame o garçom pelo nome, os colegas de “irmão”. Sorria, abrace quando encontrar. Aceite o convite, mesmo que você não vá.

Faça planos para amanhã, esqueça-os 10 minutos depois. Faça amigos, o máximo de amigos que conseguir.

Quanto mais amigos, mais cerveja, mais risadas, mais churrascos, mais carioca você fica.

E quanto mais carioca você é, mais você ama o Rio. Como eles.

Gosto deles. Gosto de olhar pra frente e não ver onde acaba. Gosto de sol, de abraço, de rir muito alto e de não me achar um merda por estar sem grana.

Gosto de como eles se viram. Gosto da simplicidade e da informalidade que os aproxima do amadorismo.

A vida não tem que ser profissional.

Tem que ser gostosa.

E de gostosa, convenhamos, o Rio tá cheio.

Ops! Desculpa, amor! Escapou.

abs, merrrrmão!


Por Rica Perrone