sábado, 11 de janeiro de 2014

Da Série: Coisas que me irritam... (11)

...Homofobia

Porque esse é um daqueles que realmente me emputece!

Você, pretenso cidadão, que convive com homossexuais, NÃO precisa:

- Entender
- Concordar
- Gostar

Mas, TEM que, pelo menos:

- Respeitar
- Exigir respeito

Dessa forma, projeto de pessoa, caso sua/seu colega de trabalho/escola/faculdade/curso seja homossexual, você não precisa temer que, na primeira oportunidade, ela/ele irá pular em cima de você.
Suas qualidades e defeitos não são unânimes e se, nem todos os heterossexuais morrem de amores por você o mesmo ocorre entre os homossexuais.
E mesmo que alguém se sinta extremamente atraído por sua beleza ou inteligência, não significa que a pessoa obrigatoriamente vá usar de força para conseguir alguns minutos de prazer carnal.

É claro que eu conheço alguns homossexuais sem noção, que desrespeitam e partem pro ataque. Mas pode acreditar que os heterossexuais idiotas estão aí em igual ou até em maior número.
E até onde eu sei, classificar um grupo de pessoas, pelo comportamento de uns poucos tem um nome: PRECONCEITO!

"Ah Susan, mas você dormiria no mesmo quarto de uma sapata?"

Eu dormiria no mesmo quarto de um amigo hetero, sem medo de ser atacada pelo fato de sermos do sexo oposto. Como isso pode ser diferente?

"Ah, mas todo mundo pode achar que a gente ta se pegando, né?"

Ahn? Quer dizer que dividir o quarto com alguém implica, automaticamente, em sexo?! Quer dizer, se não existem quartos o suficiente na sua casa, e você divide quarto com seu irmão eu tenho que entender que rola incesto?

"Ihh Susan, mas por que você está azeda?"

Porque uma colega minha já estava com tudo acertado para se mudar, neste domingo (dia 12/1), do apartamento em que mora no Recreio (Rio de Janeiro) com amigos para uma República de Meninas em Icaraí (Niterói) para estudar.
E então decidiu contar para sua futura colega de quarto sobre a sua situação: ela é lésbica e inclusive tem uma namorada. A colega de quarto recebeu a notícia em choque, mas prometeu que iria tentar fazer dar certo.
E qual não foi a surpresa quando essa minha colega recebeu por mensagem, da dona da república, a informação de que não poderia se mudar, porque as outras meninas não aceitaram a ideia de ter uma lésbica na casa.

Tomanocu, né, suas raparigas?
¬¬'

Enquanto essas picuinhas acontecerem é impossível que coisas piores - como a violência e o suicídio - parem de acontecer nesse país.
O problema é que, falar de preconceito contra pobre e preto é fácil. É lugar comum. Difícil é levantar e defender uma menina branca, de classe média e lésbica, que apenas quer um pouco de respeito e credibilidade!

Foda, sabe!


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Se alguém quiser averiguar, o fato ocorreu em uma república no endereço General Pereira da Silva, 183, Icaraí, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

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