quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Da Série: "Eu admito..." (9)

... eu sou DRAMÁTICA!



Não preciso de uma TPM para ativar minha veia novelística. A combinação vem da seguinte fórmula: ansiosa + mimada + falta de chocolate = Susan chorosa dizendo que o mundo conspira contra ela!

A verdade é que eu sempre tenho a tendência de enxergar o lado mais real (ou seria pessimista?) da situação!
Muitas vezes eu fico tão apegada ao negativismo que não consigo enxergar uma saída e chorar é, muitas vezes, o que me resta.
Exemplinhos?
Ok!

1) O financiamento
Compramos (eu e meu noivo) um apartamento na planta em maio de 2013.
O prazo é novembro de 2015 (passa loooooooooooogo setembro).
Daí que, quanto mais se aproxima, mas ansiosa eu fico.
E eu começo a querer resolver todas as pendências que estão ao meu alcance.
Uma delas? O financiamento!
Eis que entra a gerente do meu banco e diz: "Tá sabendo que os bancos mudaram a regra, né? Agora só estão financiando 70% do valor avaliado".
Entrei em contato com a construtora e eles me disseram: "Caso o banco não financie o saldo devedor total, a senhora vai ter que completar com recursos próprios, querida!"
E aí eu pensei: "FODEU, VIADO! De onde eu vou arranjar essa grana?"
E aí eu vim no ônibus pensando em várias possibilidades:
Empréstimo? Mas aí o banco não vai querer me dar o crédito imobiliário!
Empréstimo em nome de outra pessoa? Cara, não tenho cara de pedir isso a ninguém!
Vender o carro? Que não vale nem metade do valor que eu preciso?
Prostituição? Será que eu consigo dinheiro até novembro? Vou ligar pra Bruna Surfistinha!
E aí que, quando eu me dei conta, eu estava aos prantos, com o coração acelerado, completamente desesperada!
Parei um minuto, respirei fundo e fiz uma oração:"Preciso me acalmar para pensar em algo, gente espiritual, me ajudem!"
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E, 5 minutos depois, a palavra FGTS passa pela minha mente e eu me tranquilizo!
Precisava desesperar o trocador? Acho que não!

2) A gata borralheira
Adotei a Betânia, minha gata, há pouco mais de um ano e ela sempre fica dentro de casa, saindo muito pouco, apenas para fofocar vidas alheias da escada, do lado de dentro do portão.
Mas de um tempo para cá, ela começou a demorar nos passeios pelo sobrado onde eu moro.
Comecei a receber "reclamações" de que ela anda indo na casa da vizinha implicar com a cachorra ou que fica arrumando confusão com o gato Chico (assim apelidado por mim por ser branco e ter uma macha preta na cabeça, igual a peruca do Chico Xavier!).
Além disso, levei bronca de veterinários e cuidadores a respeito do risco de ela contrair alguma doença quando faz esses passeios.
Comecei a ser rigorosa e a trancá-la em casa quando saio.
Mas ninguém mais o faz, fazendo com que ela continue com essa vida boêmia.
Até que um dia, lá pelas 23h, eu me distraí e ela saiu de casa.
Fiquei durante uma hora procurando a safada, com uma lanterna. Já de pijama, fui na rua chamando e balançando o pote de comida.
Quando começou a chover, perdi as esperanças.
Tive certeza que ela tinha sido raptada ou atacada pelo cachorro assassino do vizinho.
Aos prantos, pedi ajuda ao meu irmão que, calmamente, garantiu que ela iria voltar!
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Às 3h da manhã fui acordada por uma gata manhosa que voltava da farra.
Obviamente, ela ficou de castigo muitos dias, mas acho que aprendeu a lição, porque nunca mais demorou esse tempo todo para voltar!

Na TPM meus ataques de drama são ainda mais intensos e cheios de raiva, mas aí não é mais culpa minha, né? Malditos hormônios!
Para minha sorte, os que me cercam já sabem e não me dão ibope. O que me ajuda a voltar a realidade e ser plebeia novamente!



É isso!

Um beijo! =*

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