domingo, 6 de outubro de 2013

Da Série: Aconteceu com a Bia...(9)

Não trabalho mais com a Bia, mas ela me deu autorização para postar as histórias dela que são sempre hilárias!
Divirtam-se com a Spoleta, que é do carai!!!

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As grandes aventuras de Spoleta

Como todos bem o sabem, tenho um hamster chinês fêmeo chamado Spoleta que esse fim de semana, para me enlouquecer, fez jus ao seu nome.
Sexta-feira à noite em casa (miséria...) resolvi limpar a gaiola da Spoleta. Fechei a portinhola depois que terminei e fui arrumar o resto da casa.
Sexta passou... chegou sábado.
Acordei naquela preguiça às dez da manhã, xingando por ter marcado algo tão cedo para aquele dia. Sábado é dia para acordar pelo menos meio-dia, mas beleza. Resignei-me com essa tortura, peguei um pouquinho da força do Thor emprestada e me levantei, seguindo para o banheiro. Quando chego até a cozinha percebo que a gaiola ficou aberta. “Nossa, devo ter esquecido aberta ontem quando fui limpar”. Observo que senhorita Spoleta está lá na casinha, e penso comigo mesma “Que hamster comportado é esse que tenho”, e a elogio por ter perdido a oportunidade de ouro que era para ela sair e passear por aí. Mal sabia eu que quando do elogio a bichinha me dirigia um olhar de puro divertimento.
Passei o dia na Barra. Cheguei cansada, desistindo de minha saída da noite. Abro a porta do apartamento, só querendo tomar um banho e comer besteira, e o que vejo? Um hamster – minha hamster! – no chão da cozinha, em frente à gaiola, com a maior cara de culpada! Eu emito um sonoro: “Eei!”, ela arregala os olhos e sai correndo para o banheiro. Logo volta e consigo prendê-la na gaiola. Ufa. Mas que bichinha cara-de-pau. E eu pensando que havia sido eu a esquecer de fechar a gaiola no dia anterior! E ela ainda deixou eu me culpar, sem falar nada! Ou demonstrar, ou sei lá o que os hamsters fazem para se comunicar com os humanos. Entretanto, eu, sempre pensando na bondade dos corações das criaturas do mundo, não prendi a portinhola com um arame, como pretendia, pensando ingenuamente que a Spoleta era uma menina comportada. Afinal, ela havia aberto a gaiola duas vezes e havia ficado por perto. Não era má, só queria andar ali por perto. Então ignorei a moça até o fim da noite e fui dormir.
Tarde de domingo. Acordo. Checo a gaiola. Aberta. Vasculho o apartamento inteiro em busca de Spoleta. E minha procura torna-se infrutífera. Não consigo achá-la. Começo a entrar em desespero. Pego uma lanterna, procuro em todos os lugares possíveis e inimagináveis, mas nada. A essa altura do campeonato já estou xingando a Spoleta, ameaçando dela ficar sem comer por dias a fio, retirar sua casinha da gaiola, nunca mais colocá-la na bolinha para poder passear pela casa. Mas nada disso faz efeito. Frustrada e pensando “que burra fui em depositar minha confiança em um simples rato”, desisto e vou me ater a outros afazeres.
Troco a água do Stitch, lavo a louça, almoço, e quando pego meu livro para ler, aparece um bicho correndo pelo chão do corredor. Grito “Spoleta! Vem aqui, sua safada!”, vou correndo atrás e a fugitiva volta a se esconder. Mas agora já sabia onde era seu esconderijo e parto à caça.
Tranco-me no quarto após ter lá levado a gaiola e espero pacientemente sentada no chão, construindo meu quebra-cabeça de cinco mil peças. Espero... vejo que ela sai de trás do armário... espero... ela me rodeia... espero... começa a puxar meu vestido... espero... corre ao meu redor... sobe nas minhas pernas... espero... fica parada... ZÁS! Arremato a presa em minha mão, ela começa a se sacudir e reclamar, mas já não tenho mais dó nem piedade. Tranco a prisioneira de onde ela nunca mais irá sair.

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