quarta-feira, 30 de março de 2016

Da Série: "E se..." (4)

...eu morresse hoje?



Meus amigos sentiriam minha falta? Eu receberia muitas homenagens no Facebook? Alguém estaria comemorando? Alguém receberia meus órgãos e teria uma nova oportunidade? Alguém iria consolar minha mãe? Alguém cuidaria dos meus gatos? Minhas roupas e pertences seriam doadas? Meu quarto iria virar um museu ou serviria de abrigo para um outro alguém? Meu noivo iria encontrar um novo amor rapidamente?

Em quanto tempo eu seria substituída no trabalho? Em quanto tempo os amigos poderiam voltar a sorrir? Eu viraria uma santa? Ou teria todos os pecados eternizados nas redes sociais? Rezariam missas de sétimo dia? De um mês? De um ano? Eu seria recepcionada por entes queridos no plano espiritual? A Dolly estaria lá para me receber? Ou iria direto para o Umbral? Ou será que eu descobriria que esse é um Universo paralelo e que morrer aqui significa nascer em outro planeta?

Quanto tempo seria necessário para que as pessoas pudessem falar de mim naturalmente? Quantas pessoas se lembrariam de mim como alguém importante? Quantas pessoas, fora do meu círculo de amizade e familiar, sentiriam pena pela minha partida? Quantas obras minhas seriam contabilizadas como boas e altruístas?

Parece mórbido pensar, mas é importante que esses questionamentos venham a tona.
Talvez assim nós paremos para refletir o quanto estamos sendo úteis, ou não, à sociedade.

Como dizia o Chico Xavier:
"Você não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas você pode começar agora e fazer um novo fim."

Beijo! =*

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