sábado, 24 de março de 2012

Da Série: Susan Kate também é cultura...

E estreando nova série.

Esse mês minha vida cultural agitou.
Sempre fui muito fã de teatro e dança, por isso, quando minha mãe me convidou para assistir uma peça do Michel Melamed e o espetáculo da Deborah Colker, nem pensei antes de aceitar.
E por isso, hoje estou aqui para dizer:

ASSISTAM E SE APAIXONEM pelo espetáculo "Tatyana" da coreógrafa e bailarina Débora Colker. Eu sempre quis ir, mas nunca tive grana. Desconhecia, entretanto, a chamada temporada popular, que é quando os preços caem vertiginosamente, sem que a qualidade do espetáculo caia.


Em "Tatyana", Deborah conta a historia adaptada de um livro, cujo título é muito difícil de escrever e falar. São quatro personagens, cada um representado por quatro bailarinos (sim, meu anjo, são 16 bailarinos no palco), além do autor, representado pela própria Deborah e por outro bailarino. Juntos eles contam uma espécie de resumo do drama/romance escrito no século XIX e adaptado por Colker.


Bom, em resumo, tudo é lindo, a música, as luzes, as cores, os movimentos, o cenário e, lógico, os 18 seres extremamente elásticos no palco.


Claro que se você não suporta dança, sobretudo ballet, provavelmente você vai achar extremamente enfadonho. Mas aí a gente já sabe quem é o problemático na história, né? De qualquer forma, qualquer um fica admirado com a força e leveza dos movimentos e pela criatividade da mulher. Podem me chamar de viadinha, mas eu simplesmente AMEI! Debbie (olha a intimidade), você ganhou uma fã fervorosa!

A mulher tem 50 anos, povo! Sinistra demais!

NÃO ASSISTAM, NEM POR FALTA DE OPÇÃO, NEM POR EXCESSO DE DINHEIRO, a peça "Adeus à Carne" do Michel Melamed. É, sendo bem direta e sincera, um lixo! O cara, numa onda de pseudo-intelectual tenta (sim, TEN-TA) chocar o público ao fazer uma crítica ao Carnaval, utilizando cigarro, palavrão, homossexualismo, religião e sexo. Entretanto, o roteiro ou a montagem (Deus sabe) não foi feito de uma forma inteligente a ponto de deixar claro o que o pobre diabo do Melamed queria dizer. "Ahhh, mas a peça era subjetiva" vocês dirão. Mas pra mim, uma peça só é boa quando consegue transmitir alguma coisa. E na boa, estou há uma semana tentando entender porque seis atores sobem numa escada e simplesmente caem no choro e o que, diabos, isso tem a ver com o carnaval.


Pra tentar explicar, durante os primeiros, sei lá, 15 minutos de peça, nenhum dos atores fala NA-DA. Eles passam chorando e se lamuriando pelo palco. Daí surge um Santíssimo (figura da igreja Católica) e cada ator passa e faz determinado movimento. Um deles, na cadeira de rodas, para em frente ao Santíssimo, tira um pênis de borracha, desses de sex shop, e dá um beijo. Outro, com a cara pintada de vermelho, parecendo o demônio, fala aquela que seria primeira palavra da peça - CU. Sério, era pra chocar? Eu falo "cu" toda hora, caralho, isso não choca nem a minha avó.


Daí uma voz em off começa a explicar como um desfile de escola de samba funciona, começando pela comissão de frente e tal. Mas cada vez que a voz se calava eu achava que iria ver uma cena relacionada ao que foi dito. E sempre me frustrava. NADA FAZIA SENTIDO. Já na segunda "cena" eu comecei a pensar que o problema de não estar entendendo lhufas era que os contra-regras haviam esquecido de distribuir maconha ao público. Mas o pior de tudo foi a plateia, composta por outros tantos pseudo-intelectuais, que fingiam estar entendendo e concordando com aquilo. Ah, cara, num fode, eles só tavam tentando fingir que não foram os R$20,00 mais mal gastos de suas vidas.

Sério, olha essa merda!

Bom, eu odiei, e escrevo isso para tentar poupá-los de 2 horas desagradáveis em suas vidas. Mas vocês são livres para ir lá e depois pensar: "Bem que aquela filhadaputa disse que essa peça era um CÚ!"

Um comentário:

  1. ''Eu falo "cu" toda hora, caralho, isso não choca nem a minha avó.''
    Essa frase mudou a minha vida! Haahahahhahahahahahha

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