Da série: Coisas que me irritam

Quem me conhece sabe: EU SOU MUITO IMPACIENTE!

Mas tem coisas que me tiram DEMAIS do eixo.

Exemplo de hoje: Trânsito!

Esse eu acredito ser unânime como motivo de irritação.

Para ir trabalhar eu pego dois ônibus, para sair do trabalho e ir estudar mais dois e finalmente para voltar ao meu querido "lar doce lar" mais duas passagens são gastas.

A probabilidade de eu pegar um engarrafamento é muito maior do que de ser assaltada! E isso é muito, levando em consideração que eu trabalho na Ilha do Fundão e estudo na UERJ! (Para quem não é do Rio: Eu estou cercada por favelas!).

O percurso da minha casa até o meu local de trabalho, SEM trânsito, dura em média 50 minutos. Em dias de chuva esse tempo aumenta devido a lentidão comum e até esperada. Mas, havendo um acidente ou uma retenção de qualquer tipo na via esse tempo chega a dobrar.

Agora imagina a seguinte situação: RIO 45°, as pessoas grudentas, o ônibus lotado, você em pé trabalhada na mochila (que contem além do material didático que será utilizado mais tarde a roupa de malhação e a toalha previamente utilizadas) e a maldita Linha Vermelha interditada para recapeamento de pista! GRRRRR!

Isso sem contar o trânsito que eu pego dentro da Cidade Universitária toda sexta-feira/véspera de feriado/dia chuvoso! Já fiquei em pé em um 485 lotado durante 1 hora e meia num mesmo lugar a beira da Guanabara e durante 2h na entrada da Linha Amarela, ali, na Faixa de Gaza mesmo, esmagada entre mochilas e estudantes cansados.

Sair do Fundão e chegar em algum lugar mais perto da minha casa seria um alívio se eu não tivesse que ir em direção ao Maracanã. Atualmente o motivo principal para trânsito naquela região é a obra de extensão do metrô, mas em época de "Brasileirão" é quase uma tortura ir para a minha querida UERJ numa quarta-feira "feliz" de FLAMENGO X VASCO! Além, é claro, do fato de que os ônibus nunca estão vazios, tendo em vista que eles estão vindo do Centro e indo para lugares como Cascadura, Água Santa, Abolição e Quintino (o Danilo vai me xingar!). Todas as vezes que entro num desses ônibus me questiono sobre a densidade demográfica desses lugares.

E ai então, finalmente o dia vai chegando ao final, são 22:40, eu estou descendo os oito andares da UERJ. Cansada, esfomeada, precisando de um banho. E então...

Se há alguma coisa no trânsito que me irrita tanto quanto o excesso de automóveis é a ausência de ônibus!

Já perdi as contas de quantas vezes eu fiquei até depois das 23h em pé em frente aquele prédio cinzento esperando um maldito ônibus que nunca passa!

Aliás, já perdi as contas de quantas vezes eu fiquei no ponto de ônibus perto de casa esperando um onibus para ir trabalhar/a praia/shopping/casa de parente/médico. A Lei de Murphy é implacável nessas horas: Sempre que eu preciso de um ônibus, só passa o de uma numeração diferente (que normalmente não passaria)!

O pior é chegar em casa, dormir, acordar e ter certeza que no dia seguinte vai começar tudo de novo!