quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Rapidinha (nem tanto) do Trânsito (3)

E nessa de sambar no miudinho ter que chegar 8h da manhã o mês inteiro para compensar a dispensa dos dias 23 e 30 de dezembro (sem comentários ¬¬'), eu ando pegando muito mais metrô ultimamente. E uma das coisas mais engraçadas do METRORIO é o vagão para mulheres.

Para quem não conhece, o metrô e o trem no Rio, seguindo lei estadual 4733/06, reservam uma composição inteira para uso exclusivo das mulheres em horário de pico (entre 6h e 9h e entre 17h e 20h). Isso significa que você, meu amor, que tem essa parada aí entre as pernas, NÃO PODE andar no mesmo vagão da mulherada que decidiu se proteger de tarados sexuais que, acreditem ou não, existem aos montes (sobretudo na linha 2).

Eu, particularmente, não ligo muito pra isso. Até já fui bastante apalpada por aí (brinco que precisei fazer um exame de gravidez certa vez), mas, o que me atrai nesses vagões é que eles são os mais vazios (pelo menos na estação que eu pego) e estrategicamente localizados (retinho na saída).

É claro que eu me divirto muito. Lá dentro você acaba descobrindo que mulher é um bicho muito perigoso. Por quê? Simplesmente porque elas ficam prontas para atacar qualquer sujeito portador do par de cromossomos  XY que, desavisado, entre no "território" delas.

Hoje, por exemplo, dois sujeitos marotos entraram no vagão. Pelo papo, eles desceriam dali a duas estações. As mulheres começaram a se entreolhar bufando, enquanto uma senhora tentava chamar atenção do guardinha do metrô para que esse, gentilmente, expulsasse os infratores. O funcionário do metrô, encarregado pela segurança e cumprimento da lei, abordou os caras quando as portas estavam fechando - "Aí, não pode ficar nesse vagão, desce na próxima estação e vai pra esse aqui do lado, ok?". E os caras concordaram, mas mudaram de ideia segundos depois e declararam em alto e bom som que só saíram da composição na estação de destino deles. E as mulheres, furiosas, começaram a se agitar.

Na estação seguinte (onde eles deveriam descer para obedecer a lei), os caras tentaram se esconder. E aí, TODAS as mulheres (inclusive eu) resolveram encarar os malucos com expressões raivosas do olhar. Eu senti o medo erradiando deles e a fúria delas. E então, eles foram salvos pelo guardinha da estação que os escoltou até o outro vagão.

Agora, se quase rola barraco dos brabos cada vez que um "garanhão" entra no trem, imagina se ele for destemido e corajoso o suficiente para sentar? Homicídio, na certa!

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