terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Da Série: Coisas que me irritam... (9)

... Músicas da vizinhança!

E então chegou o primeiro final de semana depois de uma maratona de trabalhos e provas e tudo o que eu quero é estar em contato com o meu eu lírico na quietude e escuridão do meu quarto. Ou é aquele feriado de meio de semana e eu apenas quero dormir mais cedo/até mais tarde. Mas daí eu lembro que vivo em sociedade, pois meus vizinhos começam a desrespeitar meus ouvidos, colocando músicas altíssimas que invadem não somente a minha casa como se infiltram em meus pensamentos.

A conexão Natal-Ano Novo-Carnaval parece que é a desculpa preferida desses seres para ligar, quase que diariamente, esses instrumentos de tortura e acabar com o pouco de paz interior que eu ainda tenho nessa encarnação.

E, munida desse sentimento de raiva e esgotamento físico, listarei os barulhos, provenientes do habitantes com os quais compartilho meu CEP, que mais me causam ojeriza (sim, eu adoooooro essa palavra!):

1) Carros de som, amplificadores e caixas de som no meio da rua


Tá, eu sei que sou irritadiça e extremamente impaciente, mas montar caixa de som no meio da rua ou abrir o porta-malas do carro "tunado" na porta da minha casa já é abusar demais da própria sorte de ainda de estar vivo, você não acha vizinho-filho-de-uma-mulher-da-vida-fértil-a-beça?

Nos últimos dias, dois dos meus "queridos" vizinhos têm se revezado na distribuição de suas "riquezas" particulares. Um deles (do lado esquerdo da minha casa) coloca a caixa na varanda e fica brincando de DJ. Menos mal que tem bom gosto e sabe a hora de desligar. Mas atrapalha a soneca da tarde a beça.
O outro (lado direito) alterna entre a caixa de som na rua (cercada por bêbados descamisados e horrorosos) e o porta-malas do carro (cujo motorista altamente alcoolizado, milagrosamente, ainda está vivo).

O que mais me intriga é: por que ouvir som alto e sem qualidade é tão prazeroso pra essa gente do inferno?

2) Karaoke



Bando de bêbados, metidos a cantores, infernizando o bem estar dos moradores e dos transeuntes. Pior do que isso, só o tio de uma amiga, que mora aqui na esquina da rua, que liga Roberto Carlos na maior das alturas, pega o violão e vai pra varanda com o microfone dublar/berrar os maiores sucessos do milênio passado.
Haja paciência!

3) Festa de rua e música ruim



Costumo explicar pros amiguinhos que onde eu moro num é favela, é roça! Porque SÓ aqui eu vejo as pessoas fazendo procissões (de igreja, né?), folia de reis ou usando fantasia de bate-bola no carnaval.
Além disso, qualquer coisa é motivo pra enfiar cadeira de plástico no meio da rua e fazer o churrasquinho, atrapalhando o trânsito, sujando o chão e poluindo o ar com gritarias, palavrões e música ruim.
Aliás, falando em música ruim, porque esse povo insiste em colocar pagode, funk e sertanejo pra tocar nessas festas?




Pagode pra mim é música de corno ou de homem que trái e (às vezes) se arrepende e pede perdão. Eu gostava dos antigos, que marcaram os anos 90. Mas esses de hoje em dia são um lixo em notas musicais.




Funk das antigas era ótimo. Era dançante e trazia um pouco da crítica social que a gente só encontra (procurando muito) nos raps brasileiros. Mas hoje é podre. Dá vontade de dançar? Dá! Mas a letra é uma agressão e depois de alguns minutos eu sinto fortes tendências homicidas em relação ao portador do som. Sobretudo quando o sujeitinho está sentado bem atrás de mim no ônibus naqueeeeeeele engarrafamento




Sertanejo até que tem coisa boa. Mas a banalização do sertanejo universitário fez com que surgissem músicas que simplesmente me enfurecem de tal maneira que eu nem consigo expressar.

4) Vizinhos "músicos"



Ele canta, toca flauta, gaita, batuca panela, bate palma e em alguns bairros, tipo em Quintino, até um banjo ele tem. Por favor, alguém diz pra ele brincar de mímica? Só até o meio-dia e depois das 19h, tá? Obrigada!

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Por hoje é só, um grande beijo e boa sorte (pra mim, né?)!

3 comentários:

  1. melhor parte:
    O outro (lado direito) alterna entre a caixa de som na rua (cercada por bêbados descamisados e horrorosos) e o porta-malas do carro (cujo motorista altamente alcoolizado, milagrosamente, ainda está vivo).

    O que mais me intriga é: por que ouvir som alto e sem qualidade é tão prazeroso pra essa gente do inferno?
    kkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Susan, compartilho inteiramente da sua ojeriza! Adoro festa, mas odeio barulho aheio em hora errada adentrendo meu cerebro...
    Tem outro barulho irritante também, esse acho que só tem em Juiz de Fora: bêbados cantores da madrugada. Enfim, já ouviu falar em porrolho? Experimente! ;)

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