Carinho
Nunca fui uma pessoa carinhosa. Nunca!
Desde pequena, minhas brincadeiras sempre foram agressivas. E eu era um mini demônio.
Minha tia costuma sempre me lembrar da vez que, com fome (e, portanto irritada), mordi a bochecha do filho de uma amiga da minha mãe para poder interromper a conversa das duas e ir para casa almoçar!
É importante dizer que nunca fui estimulada a ser alguém que beija e abraça e, por isso, não tenho o menor jeito para a coisa. Sempre me sinto estranha quando, por exemplo, alguém me abraça para demonstrar felicidade!
Isso se reflete até no meu relacionamento com animais. Amo de paixão. Encho de beijos e carícias. Mas, tudo no estilo Felícia de viver. Apertando as pelanquinhas, beliscando focinhos, mordendo (de leve). Sou dessas.
Meu noivo vive reclamando que eu trato ele igual a Betânia (minha gata) e nunca faço cafuné. Em vez disso, eu fico beliscando o pescoço dele, enquanto ele dirige.
Como assim? Assim!
Chego numa festa. Cumprimento às pessoas. Converso. Como. Bebo. Chega a hora de ir embora. Eu levanto, pego minhas coisas e falo, acenando: “Valeu, tchau, tchau gente!”
Cara, beijei na chegada, não precisa beijar na saída.
Um dia eu aprendo. Quem sabe?
Por enquanto eu sou essa ogra que não gosta muito de agarramentos.
Mas que não nega um abraço quando está carente! Um só e olhe lá!
Beijo =*
Nenhum comentário:
Postar um comentário