quinta-feira, 27 de março de 2014

Rapidinha do Trânsito (6)

Esses dias, me envolvi numa pequena discussão sobre educação no que se refere a meios de transporte, envolvendo a velha questão sobre o assento preferencial.
Eu não vou entrar em pormenores, mas, para resumir, minha opinião é de que, embora ceder o lugar seja uma questão de bom senso, a pessoa que será beneficiada (idoso, gestante, pessoa com criança de colo ou deficiente) também TEM que ter bons modos.
Essa manhã, aconteceu uma história que exemplifica o quanto as pessoas são bizarras quando o assunto é educação no trânsito.

Quinta-feira. 7:40. Entrei no ônibus lotado, após cerca de 15 minutos de espera. Estava com uma bolsa pesada.
Como sempre, fiquei em pé, de frente ao local que estava mais vazio, perto do banco preferencial.
Nele, sentada, uma senhora.
O ônibus, que parecia estar carregando qualquer coisa, menos pessoas, corria nas curvas, tipo montanha russa.
Enquanto eu lutava para me segurar, minha bolsa "voava" em todas as direções, sem que eu pudesse fazer qualquer coisa a respeito.
Até que eu ouvi um resmungo. E ele vinha da senhora sentada no banco preferencial.
Acontece que, com o balanço do ônibus, a bolsa estava indo em direção ao rosto dela. Aborrecendo-a.
Eu pedi desculpas, tentando mudar a posição da bolsa. E o que ela fez? Cara de merda!

Sim, senhoras e senhores. ELA estava aborrecida COMIGO.
E ela podia se oferecer para segurá-la, até para não levar mais bolsadas na cara, mas necas.

O que eu fiz? Soltei uma risada e parei de tentar segurar a bolsa, observando a reação da senhora de levantar as mãos para de proteger da pancada certeira.

Vou pro inferno? Posso até ir, mas essa senhora vai de ônibus comigo, levando bolsada.

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Aliás, na hora, eu me lembrei de uma história contada pela minha tia Beth.
Ela passou pela mesma situação, só que a senhora dela, ficou mais revoltada e ela, espirituosa que só ela, respondeu a mulher...

Senhora: Olha, você num pode segurar melhor sua bolsa não, ela ta batendo no meu rosto...
Tia Beth: Ah desculpa, minha senhora. Eu já expliquei à bolsa que ela não pode se comportar desse jeito, mas ela é teimosa. ("Falando" com a bolsa) Viu, bolsa, ta incomodando a senhora. Ai ai ai

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Sim, só tem doido na minha família!


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