Divirtam-se com a Spoleta, que é do carai!!!
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As grandes aventuras de Spoleta
Como todos bem o sabem, tenho um hamster chinês fêmeo chamado Spoleta
que esse fim de semana, para me enlouquecer, fez jus ao seu nome.
Sexta-feira à noite em casa (miséria...) resolvi limpar a gaiola da
Spoleta. Fechei a portinhola depois que terminei e fui arrumar o resto da casa.
Sexta passou... chegou sábado.
Acordei naquela preguiça às dez da manhã, xingando por ter marcado
algo tão cedo para aquele dia. Sábado é dia para acordar pelo menos meio-dia,
mas beleza. Resignei-me com essa tortura, peguei um pouquinho da força do Thor
emprestada e me levantei, seguindo para o banheiro. Quando chego até a cozinha
percebo que a gaiola ficou aberta. “Nossa, devo ter esquecido aberta ontem
quando fui limpar”. Observo que senhorita Spoleta está lá na casinha, e penso
comigo mesma “Que hamster comportado é esse que tenho”, e a elogio por ter
perdido a oportunidade de ouro que era para ela sair e passear por aí. Mal
sabia eu que quando do elogio a bichinha me dirigia um olhar de puro
divertimento.
Passei o dia na Barra. Cheguei cansada, desistindo de minha saída da
noite. Abro a porta do apartamento, só querendo tomar um banho e comer
besteira, e o que vejo? Um hamster – minha
hamster! – no chão da cozinha, em frente à gaiola, com a maior cara de culpada!
Eu emito um sonoro: “Eei!”, ela arregala os olhos e sai correndo para o
banheiro. Logo volta e consigo prendê-la na gaiola. Ufa. Mas que bichinha
cara-de-pau. E eu pensando que havia sido eu
a esquecer de fechar a gaiola no dia anterior! E ela ainda deixou eu me culpar,
sem falar nada! Ou demonstrar, ou sei lá o que os hamsters fazem para se
comunicar com os humanos. Entretanto, eu, sempre pensando na bondade dos
corações das criaturas do mundo, não prendi a portinhola com um arame, como
pretendia, pensando ingenuamente que a Spoleta era uma menina comportada.
Afinal, ela havia aberto a gaiola duas vezes e havia ficado por perto. Não era
má, só queria andar ali por perto. Então ignorei a moça até o fim da noite e
fui dormir.
Tarde de domingo. Acordo. Checo a gaiola. Aberta. Vasculho o
apartamento inteiro em busca de Spoleta. E minha procura torna-se infrutífera.
Não consigo achá-la. Começo a entrar em desespero. Pego uma lanterna, procuro
em todos os lugares possíveis e inimagináveis, mas nada. A essa altura do
campeonato já estou xingando a Spoleta, ameaçando dela ficar sem comer por dias
a fio, retirar sua casinha da gaiola, nunca mais colocá-la na bolinha para poder
passear pela casa. Mas nada disso faz efeito. Frustrada e pensando “que burra
fui em depositar minha confiança em um simples rato”, desisto e vou me ater a
outros afazeres.
Troco a água do Stitch, lavo a louça, almoço, e quando pego meu livro
para ler, aparece um bicho correndo pelo chão do corredor. Grito “Spoleta! Vem
aqui, sua safada!”, vou correndo atrás e a fugitiva volta a se esconder. Mas
agora já sabia onde era seu esconderijo e parto à caça.
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