E a Bia, com 25 anos, já ta crescidinha pra ir ao mercado sozinha.
E aturar as filas quilométricas...
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Na fila do supermercado
Véspera de feriado, todo mundo metendo o pé na estrada, e eu, 19:25, batendo dedo na empresa. Não ia viajar mesmo.... E quem nunca ficou aqui até 19:30 não sabe a diversão que está perdendo. Altos papos. Ops, trabalhos, altos trabalhos!
Meu planejamento para Corpus Christi: alguns dias enfadonhos assistindo TV e comendo besteira. Por isso nem me importei com a maratona de compensação.
Saindo daqui, corro até o ônibus (prática comum) e não sei porque motivo absurdo resolvo passar no supermercado quando na verdade o que eu mais queria era deitar a cabeça na minha super cama Queen size e dormir. Mas beleza, fui lá eu ao supermercado tentar ver se algo me apetecia para comer (eu queria mais é comer algo que me fizesse salivar, mas é difícil achar algo assim em supermercado).
Fato de supermercados: eu entendo que as pessoas vão passeando devagar fazendo compras, analisando comida ou sei lá mais o que, mas pelo menos dê passagem para o próximo! Aí o cara fica lá um tempão escolhendo que uva levar enquanto eu, que em 2 segundos já peguei a maldita da uva, querendo passar, tenho que esperar o cara decidir qual está menos murcha? Haja paciência. Saio logo esbarrando se não sair do caminho já que as pessoas arrancam a página do dicionário em que consta a palavra “licença”.
Fui lá, catei minhas comidinhas, e, espertamente, entro na fila dos 10 volumes, toda feliz porque não ultrapassei o limite e posso entrar na fila rápida, meio que rindo internamente do pessoal dos outros caixas com uma compra gigantesca, família para sustentar.
Estou lá eu, serena e cansada, esperando, esperando, esperando... Percebo que estou esperando demais. Uns 5 minutos se passaram e a fila andou?? Neca! Enquanto isso, pessoal fazendo compras de mil macacos no caixa ao lado andando rapidão. Eu me irritando, xingando mentalmente ou o cliente lerdo ou a moça do caixa. Irradiando energia negativa para tudo que é lado, passei para o caixa ao lado, desculpando-me internamente pelo meu preconceito dos caixas de mil volumes e vangloriando-me novamente: “Sou muito esperta. Olha a fila kilométrica do caixa de 10 volumes. Esse pessoal aí não percebe que vai ficar ali eternamente??”.
Rapidinho o cara da minha frente pagou a conta e passei minha humilde comprinha pelo caixa. E claro que nisso eu ia comparando minha fila com a do caixa que deveria ser rápido para ver se estava no lucro por ter trocado de fila. “Estou na frente, beleza, estou na vantagem. Mandei bem”.
Comecei a perceber que o cara que estava na minha frente no caixa de 10 volumes estava já passando as compras dele (compras é exagero, o cara estava comprando um guaraná antártica de 2 litros e só – A fofoqueira) e eu passando as minhas. Nesse momento minha cara de estúpida já devia ser evidente. Mas tudo bem. Afinal, tinha dado no mesmo, pelo menos.
Hora de pagar. Sodexo em mãos. Imprimindo a notinha. Imprimindo... imprimindo... imprimindo.................. %$#@ eu já xingando o Acaso e o mundo “Caramba, nada funciona não???”. A budega da impressora deu problema e fiquei ali uns 5 minutos parada esperando a moça do caixa religar tudo, aquele sistema mais lento que tartaruga em areia movediça!
E eu me xingando mentalmente: “Pomba, Bia, da próxima deixa de ser estúpida e fica na fila de 10 volumes! Que anta”.
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